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Bicicletas elétricas ganham destaque e impulsionam soluções sustentáveis para a mobilidade urbana

  • luandaeditores
  • 11 de abr.
  • 3 min de leitura

Tecnologia francesa aposta em supercapacitores para armazenar a energia que impulsiona as e-bikes

Foto:  Team EVELO/Pexels
Foto: Team EVELO/Pexels

As bicicletas elétricas vêm ganhando cada vez mais espaço. No Brasil, entre 2016 e 2023, o número de e-bikes com pedal assistido saltou de 7,6 mil para 230 mil unidades, movimentando cerca de R$ 506 milhões por ano. De acordo com dados divulgados pela associação Abraciclo, somente no primeiro trimestre de 2025, a produção nacional atingiu 6.800 unidades no Polo Industrial de Manaus — um crescimento de 89% em relação ao mesmo período de 2024 — e a tendência é de expansão contínua.


Esse aumento na procura por bicicletas elétricas reflete a busca por alternativas de mobilidade mais sustentáveis, especialmente nas grandes cidades. No entanto, o uso de baterias de lítio — essenciais para o funcionamento da maioria das e-bikes — ainda representa um desafio ambiental.


Quando descartadas de forma inadequada, essas baterias podem contaminar o solo e a água, causar danos à biodiversidade e à saúde humana, além de provocar incêndios em aterros sanitários. Já na etapa de extração do lítio, os impactos incluem a degradação do solo, a escassez de recursos hídricos e o aumento das emissões de gases de efeito estufa.


Uma nova proposta para bicicletas elétricas

Diante desse cenário, surgem soluções inovadoras com o objetivo de reduzir os impactos ambientais. Os supercapacitores se apresentam como uma alternativa às baterias tradicionais, cuja produção depende de metais raros, como o lítio. Ao contrário das bicicletas elétricas convencionais — que precisam ser conectadas à rede elétrica para recarregar —, os supercapacitores armazenam a energia gerada pelo movimento do próprio ciclista.


De forma simplificada, a energia é captada durante a pedalada em trechos planos ou em descida, sendo posteriormente utilizada para auxiliar o ciclista em subidas ou terrenos mais exigentes. Segundo informações da fabricante, a tecnologia permite que a bicicleta ofereça assistência em subidas com até 50 metros de elevação, desde que previamente carregada.


Além disso, os supercapacitores têm vida útil estimada entre 10 e 15 anos, enquanto as baterias de lítio duram, em média, cinco a seis anos — uma diferença significativa em termos de sustentabilidade e durabilidade.


Pi-POP

Um exemplo de e-bike equipada com supercapacitor é a Pi-POP, considerada a primeira bicicleta elétrica sem bateria registrada no mundo. Desenvolvida pelo engenheiro francês Adrien Lelièvre, o modelo utiliza exclusivamente a energia gerada pelo ciclista, eliminando completamente a necessidade de lítio e de recarga externa.


Com autonomia para oferecer assistência de até 25 km/h, a Pi-POP tem foco no uso urbano e já está em sua terceira geração. A bicicleta tem vida útil de até 15 anos e está disponível a partir de € 2.690 no site oficial (pi-pop.fr).


Nos últimos dois anos, a empresa lançou três versões do modelo, incluindo o desenvolvimento de um sistema compacto sem corrente. A terceira geração, em produção desde meados de 2023, trouxe melhorias como sensor de torque, suspensão dianteira e um conjunto de componentes atualizado, reforçando o compromisso com conforto, desempenho e inovação.


Com foco em eficiência energética e sustentabilidade, a Pi-POP representa uma nova era para a mobilidade urbana. Sua tecnologia aponta para um futuro em que a redução de impactos ambientais ande lado a lado com a inovação, abrindo espaço para soluções cada vez mais limpas, duráveis e alinhadas com os desafios ambientais do nosso tempo.























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