Foto de Ali Alcántara/Pexels
Comércio exterior de bicicletas e componentes encolhe 20% em 2022, totalizando 324,6 mi de dólares. Volume ainda está 13% acima dos valores de 2019 (pré-pandemia)
Conteúdo Aliança Bike
A Aliança Bike acaba de lançar o boletim técnico anual Importação, Exportação e Distribuição de Bicicletas e Componentes com o panorama do mercado em relação ao comércio exterior e à distribuição de bikes no Brasil em 2022. Os dados apurados foram obtidos por meio de órgãos do Ministério da Economia – o COMEX STAT, base da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, e a RAIS, Relação Anual de Informações Sociais.
Em relação ao comércio exterior, o boletim aponta uma queda de 20% nos valores transacionados de 2021 para 2022, no entanto ficaram 13% acima do registrado em 2019, na pré-pandemia. A maior redução se deu na importação de componentes, de 22%, que correspondem a uma diminuição de cerca de 83 milhões de dólares nas transações com o mercado internacional.
Entre os componentes, os gastos com quadros, garfos e suas partes apresentaram uma queda de 22%, o equivalente a mais de 18 milhões de dólares. Na quantidade estatística, a diminuição das importações dessas peças foi de 45%, o equivalente a 5,7 milhões de quilos a menos desse material. Amazonas, Santa Catarina e Espírito Santo são os estados que lideram as compras, e China, Taiwan e Vietnã os países que mais vendem, representando 95% do valor gasto nesse segmento.
Já o volume de bicicletas inteiras importadas caiu 53% em 2022 em relação ao ano anterior, uma redução de mais de 55 mil unidades. Porém, os recursos aportados praticamente se mantiveram, com um leve aumento de 60 mil reais. Nesse segmento, Santa Catarina, Espírito Santo e São Paulo foram os estados que mais importaram e China, Taiwan, Camboja e Vietnã os países que mais venderam para o Brasil, concentrando 96% das vendas de bikes completas e 89% dos valores transacionados.
As exportações também apresentaram uma queda em 2022. O rendimento com os componentes vendidos para o exterior diminuiu 15% e o volume de bicicletas inteiras exportadas teve um decréscimo de 16%. No entanto, o ganho com as bikes completas subiu 2%, com Paraguai, Uruguai e Bolívia liderando a lista de compradores dos produtos brasileiros.
Apesar das perdas registradas no comércio exterior, o mercado brasileiro de distribuição de bicicletas e componentes vem se mantendo estável considerando seu desempenho a partir de 2018, sem contar os trabalhos informais. O número de estabelecimentos e de empregos se manteve praticamente o mesmo e os salários no setor indicam um aumento real ano a ano superior à inflação.
Boletim completo no link: https://aliancabike.org.br/wp-content/uploads/docs/2023/05/Boletim-Tecnico-Import_Export-2023.pdf
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