Criada pelo empresário francês Adrien Lelièvre, a bicicleta utiliza a tecnologia de um supercondensador para armazenar energia em vez de baterias
Texto: Joelma Farias
Fonte: Euronews
Os modais elétricos verdes, ou seja, os veículos que se movimentam sem fazer uso de combustíveis fósseis já são uma realidade no mundo, inclusive o Brasil está avançando em direção à mobilidade elétrica.
E com a expansão desse mercado cresce também o interesse de startups em desenvolver modelos de e-bikes cada vez mais tecnológicos, oferecendo alternativas atrativas aos consumidores conscientes.
E foi pensando em uma opção aos modelos recarregáveis e com bateria que o inventor francês Adrien Lelièvre criou a Pi-Pop, uma bicicleta inovadora que utiliza supercondensador para alimentar seu motor sem a necessidade de usar bateria. Uma solução pioneira e sustentável.
De acordo com matéria publicada na Euronews, a e-bike funciona a partir de um supercondensador que armazena energia de forma eletrostática, ou seja, através de uma carga de movimento lento. A tecnologia permite armazenar e liberar energia muito rapidamente quando necessário. No caso da bicicleta, isso significa que ela armazena energia quando a pessoa pedala ou freia e a utiliza para facilitar ações mais difíceis, como reiniciar ou subir uma ladeira.
Lelièvre, que projetou e patenteou a bicicleta elétrica, tem formação em eletrônica e atualmente é o diretor da STEE, empresa por trás do projeto Pi-Pop. O criador da Pi-Pop acredita que a assistência oferecida ao ciclista seja suficiente para suportar uma diferença de altura de 50 metros de altitude, se carregada previamente em terreno plano. Isso torna o modelo compatível com cerca de 80% das cidades europeias.
Apesar da novidade, o conceito de supercondensador não é uma inovação em si: os primeiros modelos foram fabricados no final da década de 1970. Hoje, são utilizados em sistemas fotovoltaicos (como painéis solares), câmeras digitais e alguns veículos híbridos ou elétricos para melhorar seu desempenho. São fabricados com materiais como carbono, polímero condutor, folhas de alumínio e pasta de papel, todos com processos de reciclagem estabelecidos e tem vida útil de 10 a 15 anos, em comparação com cinco ou seis anos de uma bateria de lítio
Para Adrien Lelièvre, cuja carreira foi construída na indústria eletrônica francesa, é importante que o produto seja fabricado localmente. Por isso, a Pi-Pop é montada na cidade de Orleans, na França, emprega 25 pessoas e produz 100 bicicletas por mês. Há planos de aumentar a produção para mil bikes por mês até 2024.
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